Sobre

 

Denis Joelsons propõe uma arquitetura que se constrói a partir da escuta atenta e da observação sensível – atributos que situam seu trabalho num campo onde o projeto não é fórmula, mas descoberta.

Desde 2012, sua atuação atravessa diversas escalas e linguagens, transitando entre a arquitetura, o design de luz e o desenho de objetos. Essa amplitude, no entanto, não dilui seu rigor; ao contrário, reforça um modo de operar que se afirma na integração entre lugar, matéria e luz. Ao evitar a repetição de soluções formais, Joelsons afirma uma ética do detalhe e da pertinência, em que cada obra emerge da especificidade do contexto, buscando fazer das limitações um motor criativo.

Em vez de impor um modelo, sua arquitetura investiga relações. O traço inicial não parte de uma ideia a priori, mas de uma escuta do tempo e do território – uma escuta que se traduz em proporção, implantação, escolha de materiais e técnicas de montagem. O modo como um vidro é fixado, por exemplo, não é mera solução técnica: é resposta às condições de vento, luz e paisagem. Assim, seu trabalho cultiva uma dimensão experimental e intuitiva, onde o desenho é instrumento de compreensão e não de domínio.

É uma arquitetura que não se apresenta como objeto autônomo, mas como um mediador silencioso entre natureza, construção e vida cotidiana.

Clarissa Schneider

Denis Joelsons é mestre em história e fundamentos da arquitetura e urbanismo pela FAUUSP, São Paulo (2017). Autor do livro Arquitetura e Luto na obra de Adolf Loos. Ministrou o curso Introdução à Arquitetura Moderna Brasileira no MASP (2020). Lecionou projeto arquitetônico na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Santos FAUS – Unisantos (2018–2019), no PAE (Programa de Aperfeiçoamento do Ensino) na cadeira de História da Arte do curso de graduação em Design da FAUUSP (2016). Graduou–se em arquitetura e urbanismo pela Escola da Cidade (2010). Instituição onde atuou como professor–assistente (2011–2014). Integrou as equipes de curadoria e pesquisa da X Bienal de Arquitetura de São Paulo (2013) curada por Guilherme Wisnik e da exposição The Insides are on the Outside (2012), que teve como eixo a obra de Lina Bo Bardi e foi curada por Hans Ulrich Olbrist. Colaborou com diversos escritórios de arquitetura de São Paulo e desde 2014 mantém escritório próprio.

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denis@denisjoelsons.com