Casa dos Terraços Circulares
A casa dos terraços circulares é parte de um jardim projetado para o desfrute do bosque de mata atlântica. Seu terreno, situado em um fundo de vale, não oferece um horizonte marcante. Nele, a paisagem é o grande espaço delineado pela copa das árvores. Confrontando a pendente natural do lote com as clareiras existentes, estabelecemos patamares em meio-nível. A casa se organiza nestes platôs, através de seu corte longitudinal, com usos coletivos mais próximos à rua e usos privativos mais próximos da divisa.
Cotia, São Paulo 2020
Colaboradores
João Marujo
Gabriela da Silva Pinto
Estrutura de madeira
Ita Construtora
Execução dos muros de pedra
Bizzarri Pedras
Piso cerâmico
Cerâmica Gail
Obra civíl
Caio Martinez
Fotos
Pedro Kok e Rodrigo Fonseca (drone)
A casa dos terraços circulares é parte de um jardim projetado para o desfrute do bosque de mata atlântica. Seu terreno, situado em um fundo de vale, não oferece um horizonte marcante. Nele, a paisagem é o grande espaço delineado pela copa das árvores. Confrontando a pendente natural do lote com as clareiras existentes, estabelecemos patamares em meio-nível. A casa se organiza nestes platôs, através de seu corte longitudinal, com usos coletivos mais próximos à rua e usos privativos mais próximos da divisa.
O movimento estabelecido pelo desenho do chão garante o caráter espacial dos diferentes ambientes da casa, com seus pés-direitos variando em relação à cobertura horizontal. Uma varanda suspensa cobre a garagem e espelha a cota dos dormitórios – disposição onde a arquitetura ecoa a geografia do vale. A geometria da casa é ortogonal, compatível com sua estrutura pré-fabricada em madeira.
A geometria do jardim é estabelecida por curvas, buscando a melhor forma estrutural para os muros de arrimo e o encaixe adequado entre as árvores. Todos os ambientes possuem pelo menos dois acessos, reafirmando a ideia de percurso circular. A contenção formal da casa contrasta com o perfil movimentado dos terraços circulares, sugerindo uma inversão da relação tradicional de subserviência entre embasamento e edificação. Neste caso, a regularidade da cobertura é o que suporta a variedade do desenho do chão.